(GT4) Estratégias de Adaptação às Mudanças Climáticas e Resiliência Urbana em Cidades do Interior Paulista: Estudo de Caso da Cidade de Cordeirópolis
Infraestrutura ferroviária e meio ambiente: parque ferroviário e inclusão social em Cordeirópolis-SP
O estudo de caso em uma pequena cidade do interior oferece importante contraste aos casos na Região Metropolitana de São Paulo. Atravessado por rede ferroviária de abrangência nacional, o pequeno centro urbano reproduz contradições presentes nas grandes cidades no que se refere à precariedade das habitações e sua implantação junto ao ribeirão Tatu. O município de Cordeirópolis, localizado no extremo oeste da Macrometrópole Paulista, formou-se a partir da implantação da estação ferroviária da Companhia Paulista, no início do século XX, e hoje possui 24.514 habitantes. Contudo, a infraestrutura ferroviária (pátio, armazéns, estação e vila ferroviária) tornou-se obsoleta e está vulnerável ao novo regime de chuvas mais intensas. Apresenta problemas de drenagem, com cheias e erosões. Em parceria com a prefeitura municipal, a Universidade de São Paulo (por meio do grupo PExURB do IAU-USP) propôs soluções urbanísticas integradas para atender às demandas e para promover ações mitigadoras e de resiliência urbana, associadas à preservação do patrimônio histórico e à inclusão social. Foram propostos corredores ambientais que articulam melhorias habitacionais às novas infraestruturas de saneamento, drenagem, mobilidade e contenção de encostas. E se estendem para além do centro da cidade, tendo a infraestrutura ferroviária como nó irradiador de soluções baseadas na natureza. O projeto estrutura um parque e um centro de geração de empregos para mulheres nos edifícios históricos (estação e armazém) e propõe a recuperação e regularização fundiária da vila ferroviária.